Antero de Quental | |
Noite, irmã da Razão e irmã da Morte, Quantas vezes tenho eu interrogado Teu verbo, teu oráculo sagrado, Confidente e intérprete da Sorte! Aonde são teus sóis, como coorte De almas inquietas, que conduz o Fado? E o homem por que vaga desolado E em vão busca a certeza, que o conforte? Mas, na pompa de imenso funeral, Muda, a noite, sinistra e triunfal, Passa volvendo as horas vagarosas... É tudo, em torno a mim, dúvida e luto; E, perdido num sonho imenso, escuto O suspiro das cousas tenebrosas... |
16/03/12
Sombra cintilante...
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