28/10/12
19/06/12
Margaridas...
Mistério
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.
Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.
Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas...
Talvez um dia entenda o teu mistério...
Quando inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!
Florbela Espanca, Charneca em Flor (1930)
03/05/12
16/03/12
Sombra cintilante...
Antero de Quental | |
Noite, irmã da Razão e irmã da Morte, Quantas vezes tenho eu interrogado Teu verbo, teu oráculo sagrado, Confidente e intérprete da Sorte! Aonde são teus sóis, como coorte De almas inquietas, que conduz o Fado? E o homem por que vaga desolado E em vão busca a certeza, que o conforte? Mas, na pompa de imenso funeral, Muda, a noite, sinistra e triunfal, Passa volvendo as horas vagarosas... É tudo, em torno a mim, dúvida e luto; E, perdido num sonho imenso, escuto O suspiro das cousas tenebrosas... |
19/02/12
04/02/12
21/01/12
Sinopse...
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